Toda a noite trava-se uma luta, uma triste melodia noturna disse a doce brisa do dia que não é vã.
Duvida-se de amores, escondem-se em nefária pequenez e ainda se pergunta o ensejo de tal temor.
Duvida de alguns passos que abrandam o ressoar inebrio
Onde o imenso asco acossa sua noite inerte
E o seu caminho ainda incerto não se encontra
Andas com passos lentos a caminho do mar, onde o som da noite e das ondas deixam sua alma nalgum lugar.
E o que o espera do outro lado?
O que és longe desse temor?
O que o faz peregrinar? O que o faz viver?
O que o faz pensar que possa um dia se reencontrar?
É esse caminho de pedra que se sustenta no poço das vaidades
É dele que tenta não ver fresta?
Corre, persegue o caminho de fabulas, sorri pela cadeira de rodas que te sustentas
Assentas, deixa ser conduzido conscientemente e notarás a alegria de outrora.
Ateia o sorriso na arca perdida, navegue como nunca dantes navegaste,
Que o sorriso antes perdido te encontrará e aquela rosa que hoje se encontra no emurcheço do teu jardim, ainda há de por em ti o teu imenso sinal de querubim.
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim