terça-feira, 31 de março de 2015

A praia


Ainda caminho
Com passos lentos
Por aquela praia que cavalgamos nos cavalos marinhos
Mas depois de ti, vazia ficou.
Sozinho...
Com a alma banhada do ultimo mergulho que fizemos
Rompendo o silencio
Ao barulho do mar
Sentindo imenso frio sem teu olhar
Uma gota de tua saliva bastava - me
Que fosse a última da última gota dos teus dias...
Já aprendi a contar os grãos de areias
Enumerei todas as estrelas
Tudo isso foi à força ínfima que me restou...
Mas a noite
Exclusivamente nessa
Procuro uma coberta
Que seja a mais leve
Para que o som dos cantos atravesse
O canto que fantasiemos.
Amanheceu
Petrifiquei os nossos rastros
para que as ondas não apagassem.
Enrijeci o peito
Congelei as lágrimas
Fechei os olhos
A espera do ultimo cavalo marinho.

Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...