sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Cena de um filme e um jantar


Eu vi em um filme um jantar

Tanta gente rindo na mesa de um bar

Uma bolsa azul com espiral

De uma moça de cinza com uma fenda frontal

Com bocejos de filmes de horror

Esperando aflita uma carta de amor.

Adentrando no recinto

Uma brisa de sons

Apagando sem sussurros

Tamanha ilusão.

Do outro lado, com um cachorro ao lado, um grisalho.

Com cigarro e um amarelo jornal

Em negrito uma matéria de requintes fatais

E seus olhos encarnados a lembrança do mal

Madame Bovary com algemas

Passa carregando uma mala com ruídos

Tranca as portas, fecha a face e deixa a chave no chão.

No balcão, borro de café, com salada e feijão.

Por mais que tudo, não se sabe nada o gourmet.

E tanta gente sorrindo nos padrões do porão.



Leandro Tavares - Baerdal

Cálice sem fim

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...