segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dente de leão


Fiz de tudo que um coração apaixonado poderia fazer

Rodopios insanos

Prantos em rios de amor

Odisseias embaixo de uma lua

a qual confidenciava em madrugadas tristes meus segredos.

Cheguei a pedir mil desculpas

E você no silêncio ficou

Não quis sentir quem sempre te deu verdadeiro amor

E mesmo assim a esperança em mim obstinava em brotar

Meu solo fraco ficou

Pois em outro aguaste

Mas de repente uma gota d’água

E com a estação nascem flores

O solo ainda falho

Açucenas, Begônias e Anis nascem.

Com mais gotas d’águas encantadas

Atenua o terreno

E nascem Alfazemas, Beladonas e Íris branco.

Seja chuva e serena seja.

Chuva em mim e feliz grande amor permaneça

Chegas-te Dália amarela e de repente uma Flor-de-lis

Nascendo no solo ainda fértil do jardim encantado a Gérbera que sempre quis.


LEANDRO TAVARES - Baerdal

Cálice sem fim

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Do que foi meu e agora é teu

Não tenho palavras para descrever meu sorriso em receber essas linhas carregadas de cores, que não poderia ser diferente de minha estimada amiga Mari por vezes Ane de

As cores que sou


Reencontra-te!

Deixaram-te ?

Deixou você também lá trás, o que o passado tão bem passou

E na festa da vida tornas a bailar

em tercetos e rodopios

Palavras e valsas

Saltos e gritos.

Reconhece dentro de ti

Os grilhões que te prendiam

Solta-os ou faze deles teu senhorio

A escolha é tua.

Abre os verdes olhos teus

e alcança os sorrisos que te enxergam

Das tantas lágrimas que verteram,

faze-as cascata viva de um novo respirar

Suportas tormentas e vendavais

quando num mergulho dentro de ti

contempla tua verdade, digna de plena essência.

Ser feliz, estar feliz!? Real ou ilusionario.

Não se compra um sentimento, vive-o no momento

Sim o melhor virá, virá ao externo porque dentro de ti já se encontra

A beleza que contemplas com teus olhos apurados na singela natureza

Faz em ti morada, ah por certo, caro poeta

O melhor de ti, a ti mesmo contemplarás!

E completo em ti mesmo, verás não ser no outro a necessidade de completude, mas a beleza da partilha sem cobranças nem opressão.

Quando podes conhecer tua vida, bela e rusga essência; e reconhecer-te como obra prima a ser contemplada, assume a responsabilidade de cada escolha feita. Então esta liberdade remete a maturidade de escolhas. Escolhas feitas a cada dia.

Escolhes ser feliz, feliz vive tua escolha. São momentos e sentimentos, músicas que te embalam, sonhos que te valsam, fotos que pintas a captura da câmera na fração de um segundo encantado.

Não haverá de serem os outros a te compreenderem. Afinal vives para ti ou para os outros??!!

Poucos são os que entendem a voz do coração. Apenas quem se dispõe a libertar-se das amarras convencionadamente impostas pela razão.

Solto, livre dentro do mundo que habita em ti, creio, menino poeta, existir uma beleza tão grande que a métrica não pode envolver.

Vejo um descobrir a si mesmo de partes fragmentadas buscando a composição do teu todo, lidando com a liberdade que te abre a porta, pedindo passagem para a vida. Reencontra-te e sente-se bem!

Deixaram-te e já não te sentes mais tão só...


Mariane

Cálice sem fim

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Reencontro


Deixaram-me também.

E já não me sinto assim tão só

Fecho os olhos e de longe sorrisos enxergam-me

Ainda sim pelejo meu eu fincado em mim

O rosto engelhou de tantas lagrimas que suportaram

Mas sabe aquele convite de ser feliz?

Ainda há de resguardar minha dor.

E o melhor de mim ainda virá.

Meu cabelo é seco

Tens o volume raso

E meus olhos são chocalhos

O sorriso de sincero é farto, meus pais não me entendem

Mas até acho que é melhor assim

Pois chega minha paciência

Minha mãe do meu pai separou

Foi até melhor pra mim

Toda felicidade é batalha

E meio dia e meia o tempo passa

Reencontro-me e sinto bem.


LEANDRO TAVARES - Baerdal

Cálice sem fim

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Jardim da Cizânia


Finda a tarde no jardim encantado.

Pandemônios lunáticos correm cegos à procura do outro.

Soltam berros e acendem cigarros

Sentam-se à mesa e jogam baralho

Se embriagam e transam no chão.

Se beijam

se jogam

se atormentam

e pedem perdão.


LEANDRO TAVARES - Baerdal

Cálice sem fim

sábado, 13 de novembro de 2010

Rabisco antíGOto


Ao seu lado pude perceber o quanto à vida pode ser plena, serena.
Quando não mais poderia acreditar, a rezingar da vida.
Quando minhas mãos não sabiam mais erguer-me, sentir.
E meus passos eram tão vagos, silêncio vácuos...
Você apareceu com seu sorriso, sua canção ao final.

No teu sorriso acalentei a pobre alma.

Ofereceu-me muito mais que eu merecia uma doce magia.
Seu colo amparando-me de qualquer maldade.
Nas suas palavras a resgatar uma velha fibra.

Somos ligados, um elo eterno.
Ao seu lado sou simplesmente o menino, girassol ao ver sol.
O contato mais doce, o amor mais simples.
No seu caminho apreendi que somos dois em um
eterno amor.


LEANDRO TAVARES - Baerdal

Cálice sem fim

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Autopsicografia de um Amor parte I

Às vezes é necessário ler e sentir algumas coisas escritas ao nosso respeito para que possamos melhorar a cada dia.


Amo a tua vontade de querer melhorar.

Amo teu par de olhos verdes (nos quais enxergo apenas um futuro bonito).

Amo as risadas que você emite.

Amo teu jeito de andar despreocupadamente como se tudo pudesse
esperar.

Amo teu jeito de me amar, de me completar em todos os sentidos.

Amo saber que posso não ter sido a primeira, mas com certeza serei a última.

Amo quando você faz grandes planos pra nós dois.

Amo tua serenidade.

Amo tua inteligência.

Amo, sobretudo, saber que ao meu lado tenho uma pessoa incrível como você!


R.R

Cálice sem fim

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...