terça-feira, 22 de julho de 2014

Travessia


Corres, pula

Grita falho coração

Na inquietude de tua centelha

Onde subitamente o sol esquiva

E a bruma vibra

Em um baile de sombras

Onde a harmonia é a marcha fúnebre.

Corres, vira o barqueiro em pleno Aqueronte.

E foges com o pouco que te restas.

Leandro Tavares


Cálice sem fim - Baerdal

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Desértico


Mais vale ficar em prantos

A mendigar de joelhos...

Que os muros de aço abalroem

a solidão que corroem minhas veias

e que vá pra depois do inferno

Onde o inverno abastece o riso inerte

E ecoem em buracos profundos

Profanos versos de gritos.

Leandro Tavares


Cálice sem fim - Baerdal

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...