segunda-feira, 19 de junho de 2017

Will e Louisa, como eu sou depois de vocês.


Olha o sonho de estradas esquisitas, a maturação do que é solidez e a continua ausência de quem partiu dos nossos braços.
Tem que ficar mais fácil, tem sim, mas não hoje...
Está sendo assim, o voraz querer de entrelaçar as mãos, do cheiro, do dizer te amo, o quanto a saudade diversas vezes foi buscar a lua em uma tarrafa, e com a força e coragem de uma criança emoldurou-a no quarto, mas hoje não, hoje não...
Observo as paisagens, assisto os mais encantadores filmes, o tempo de passar a distância, de ver sorrisos e sentir o gosto dos abraços, e lá vem o tempo dizendo hoje não...
Criei uma extrema afetividade com eles, com as paixões e amores de filmes, que mágico é sentir a felicidade deles, é como se minha vontade estivesse cravada ali, naquele pequeno espaço de horas, que fazem correr os orvalhos mais serenos sobre a cama, não é a solidão de antes, e sim a certeza que  o amor está presente e logo depois vem um sorriso ainda que discreto, verdadeiro e mais brilhante, da certeza que a felicidade chegará, mas hoje não, hoje não, não é senhorita Clark?
E ele com aquele sorriso que qualquer homem gostaria de ter, porque mesmo sendo homem, é inegável negar, me mostra todas as certezas, por mais triste que seja uma decisão, o importante é não deixar de acreditar na felicidade, estamos tão acostumados com os finais felizes, que algo que nos contraria é motivo para consternação, mas hoje não, hoje não... Não é Will?
Com sua candura, com os vestidos mais lindos que vi, com aquelas meias e sapatos mais fofos, ela me mostrou o amor intacto, puro e sem nódoas, que o mais intenso não é o luxuoso e sim o simples, do sorriso e ternura que amolece qualquer brutamonte, ela lentamente desenhou que nem tudo vem fácil, mas que se acreditar e fizer por onde, há... vem sim, mas hoje não, hoje não, não é Louisa Clark?

Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...