Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne
nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achincalha em
meu ouvido, tu mostraste a minha alma o meu enorme medo, todos acreditavam no meu
sorriso, inclusive eu, só não meu quarto, pois ele sabe os gritos dolorosos que
recito todos os dias, não estou te expondo em versos, estou estancado os
gritos de agonia, suportando o nó na garganta, estou engolindo as folhas secas
da saudade, pois meu corpo já não é o mesmo,
quase ninguém me reconhece, perco todos os dias meu nome, o apetite, o brilho
dos olhos e muito de alegria.
Leandro Tavares - Calice sem fim
Baerdal
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