Aquela velha faca cega
Não cortou um coração
Nas veredas da caatinga
Virgulino Ferreira o lampião
Nos mugidos do quintal
O doce adubo da terra
Dos espinhos no vaqueiro
A riqueza do sertão
Das cantigas de cangaço
E os vaga-lumes a piscar
Os alpendres de sua amada
Embalaram o repousar
Ah meu querido torrão dos malditos coronéis
Um moço de peixeira onde o sol esbraveja
Que de tanta força e peleja
Cortaram-lhe a cabeça cegando o seu sertão.
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim