terça-feira, 29 de novembro de 2011

Na hora exata da partida sensata


Lá estava eu sonhando novamente...

Onde estava tu?

Onde estava eu?

Quando passei na praça não te avistei

A caminhar notei um balão subir

Foi à criança que o nó desatou minha flor

Felizmente a criança não chorou

Eu quis retornar para ajudar a volitar

De repente vi você distante com aquele lindo vestido azul

Eu ate queria atravessar,

Mas minhas pernas terrificaram quando vi você em tal lugar

Tanto queria te abraçar

Mas naquela esquina

A ultima que eu te encontrei anos atrás

Em que você chorando estava

Sem saber o ensejo da dor

Ali não brotava um anseio sincero

Sonhava você perto de mim

De outro lado maior, aquela menina de vestido azul.

Quis abancar a criança que desejava volitar

Mas quando notei a linha já não se encostava ao chão.

E o balão no ar esbarrava nos arranhásseis.

Com um sorriso a menos de criança na terra

Na hora exata da partida sensata

A noite chega e discernisse um jardim

entre rosas e espinhos notasse um murcho balão já sem cor.

E alguém a olhar com espinhos na mão.


Leandro Tavares - Baerdal

Cálice sem fim

2 comentários:

  1. Seu texto é muito lindo

    ResponderExcluir
  2. Estava sentindo sua falta meu querido.
    Que versos deliciosos...quase antevi o balão.
    Beijos

    ResponderExcluir

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...