Em uma tarde de domingo, sem perceber a lassidão
De repente no meio da floresta alguém surgiu pra mim
Não escondi a alegria e saltitou um riso em ti
Com os olhos fechados levantei vôos
Não sei o que me ocorreu
Abri os braços segui a direção de um bondoso ancião
Esse que estava sobre uma rede vermelha um tanto fogosa
Apontou uma velha estrada ancorada de confetes e querubins
Avisto de longe um lindo Martim pescador, na sua companhia seguindo seus passos sobre o céu um lindo casal de araras azuis, e ouço um majestoso canto de um uirapuru.
Um casal de unicórnios deliciando a água pura de um riacho encantado.
Desvendei a tatuagem bordada em meu peito
Foi só abrir os olhos e o tempo se apagou
Mergulhei naquele riacho encantado
E do nada uma cachoeira desmoronou
Foi o fechar com os olhos.
De um riso entre tantos
Esvaiu-lhe as forças das pequenas borboletas
No meio da folia, notei tua nostalgia
As borboletas que se foram cortaram o arco-íris
Assoviaram os querubins, retiraram os Martins, espantaram as araras, silenciaram o uirapuru e refugiaram os unicórnios.
De longe um martírio sem fim, a linda floresta sem o verde ficou.
Desviei para outra estrada e segui uma velha lebre
Solitário e abandonado sem a tatuagem bordada em mim.
Senti que o melhor que tenho que fazer é retalhar um pano velho
Bordar aquela estrada e tatuar na minha janela.
Desenhar as minhas asas, aguar uma semente e jamais sair da estrada.
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim
... Porque, como diria Quincas Berro d'Água, “ouvido de morto não é pinico”, mas “poesia ruim é melhor que nenhuma.”...
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Gangorra
Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...
Recheio de amor seguido de introspecção, quase um cair ao chao, embora que a esperança de vida continue a ser teu guia! Lindo teu expressar poeta!
ResponderExcluirTempo leve solto pelo ar
Intento, tento livre a voar
Vento o tempo revolto a soar
Invento o vento de amar