Vou fazer de sentimento troféu
Um personagem de filme de horror
Já que do meu amor desprezou
Colocar na prateleira essa dor
Deixar a poeira bater
Esconder o que vem de você
Consentir o cupim corroer
Fazer despenhar-se esse amor
Desfalece se for pra chover
Dissimular-se o sol
Sepultar uma flor e viver
Esquecendo o que há de você
Recitando em comédia os seus versos
Do personagem que rir do papel
Da tragédia esse amor
Deslembrando o oscar da dor.
Cálice sem fim
Leandro Tavares - Baerdal