segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Trófeu


Vou fazer de sentimento troféu
Um personagem de filme de horror
Já que do meu amor desprezou
Colocar na prateleira essa dor

Deixar a poeira bater
Esconder o que vem de você
Consentir o cupim corroer
Fazer despenhar-se esse amor

Desfalece se for pra chover
Dissimular-se o sol
Sepultar uma flor e viver
Esquecendo o que há de você

Recitando em comédia os seus versos
Do personagem que rir do papel
Da tragédia esse amor
Deslembrando o oscar da dor.

Cálice sem fim
Leandro Tavares - Baerdal

Um comentário:

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...