sábado, 26 de junho de 2010

Como se pode odiar a quem tanto ama


“Moça, Olha só, o que eu te escrevi
É preciso força pra sonhar e perceber
Que a estrada vai além do que se vê
Sei, que a tua solidão me dói”

Mais a verdade é que não se pode odiar quem se ama, o grande erro é deixar transbordar o furor ao invés da flor que se leva no peito, ao conversar com as botas batidas e surradas de Camelo a mesma proferia-me de uma forma seca e sisuda: “Diz, quem é maior que o amor?” e em um estado de profundo silêncio que até caindo uma agulha ao som de milhares de vuvuzelas ouviria o seu som cálido incidir ao chão, pude sentir que nada é maior que o sentimento que existe livre, por demais que as palavras de Bocage proferidas em Olhos em brasa de revés me lança; Oh dor! Oh raiva! Não é possível odiar quem tanto ama, é que ando tão baixo pelo mundo e o que é vasto talvez não há de encontrar-me, não ando a procura de um sorriso perdido, e entendendo que no momento é inexistente, pois bem sei que quem sempre sorriu pra mim foi você, ando com passos curtos e sem pressa e com uma intensa memória, não ando perdido e nem disjunto já que a poesia sempre me abraça, faço dela minha mais leal conluiada, quando você me deixou ela comigo ficou, mas quando a mesma se ausenta por momento de solidez já que vida própria ela tem, fico próximo do silêncio ouvindo as nossas músicas onde encontro tua presença, mas me vem no peito a ausência, me faço sempre a mesma pergunta onde tu estarás?
Grito e o nada responde... SILÊNCIO! SILÊNCIO!
Por onde você anda que não te vejo mais que não te ouço mais, e sua crise de enxaqueca? Onde está o caminhar mais lindo que eu já vi, onde se encontra aquele sorriso grande amor?
Séria tamanha contradição o amor em ódio transformar.
“Mas antes que eu me esqueça
Antes que tudo se acabe
Eu preciso
Eu preciso, dizer a verdade...
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...
É impossível...
É impossível, é impossível
Esquecer você
É impossível
Esquecer o que vivi
É impossível
Esquecer, o que senti...”

Seria impossível odiar esse amor de todas as cores de todos os tons, esse amor que incita a beleza e o voejar em mim, tão contraditório seria esse amor.
Tudo que eu quero é ouvir tua voz, a mansidão que ela ecoa pelo ar por qual me direciono, onde as borboletas bailam com a suavidade que tua voz emana, é quando a brisa ainda mais serenizada fica quando tu cantas, mais uma vez quero por fim ouvir-te e silenciar a ausência, Sei que em meu pensamento se encontra sempre presente e intensa, às vezes me perco no espaço vazio de um sentimento frio, vazio e sem força de alçar, bate infinitas partículas o ressoar de um canto que jamais emudeceu e de onde o ódio não existi. AMOR!


Baerdal
Cálice sem fim

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