
Não pinte a dor do meu peito
Deixe meus insanos dedos desafinarem como notas musicais.
Eles sabem a melhor melodia que os deixam em paz.
Quando a sétima corda prende a velha fibra.
E os cantos cadavéricos ecoam no ar.
Germina mais um tom de sua vida.
Deixe-me ver os campos-santos.
Eles escondem velhas alegrias.
Deixe sentar nas covas dos magoados.
Sentir a dor viva.
Não retrate o meu velho peito.
Ele ecoa notas tristes...
E você onde se encontra?
A sete palmos do chão.
Deixou – me.
E não foi feliz...
Não retrate meu peito.
Ele ainda chora por ti.
E por ti passar a existir uma esperança.
Passo pelos cantos ao som das notas tristes do teu peito.
Caí em ásperas lágrimas e morro junto ao teu tumulo.
Baerdal
Cálice sem fim
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