Havia uma pequena brecha sobre o teu telhado cor de terra molhada, conseguia ver parte do recinto que repousa, as paredes cor-de-rosa do Himalaia davam o tom sereno, vi sobre a cabeceira da cama um lindo aquário com um formoso peixe azul ele dava pulos de alegrias, como se quisesse dar-te carinho, um lindo bonsai dava um ar perene, notei até orvalho em suas pequenas folhas verdes e lindas sementes vermelhas, você mais parecia que estava ouvindo o canto de milhares de uirapurus e observando o bailar das araras azuis do seu estado natal, como fiquei feliz ao ver teu pacato sono por mais uma vez, teus olhos cor de mel ainda que fechados brilhavam, e os teus cabelos parcialmente escondendo teu belo vulto, sorri. De repente, notei que poeiras entravam pela brecha, foi ai que aflito olhei para todos os lados e avistei uma nuvem azul que passava e gentilmente a pedi que cedesse uma estilha sua, para que eu bloqueasse a brecha e assim a poeira não deixasse o ar tão pesado em copioso lar, a nuvem então sorriu pra mim e falou: sou do tamanho do teu sonho, faça o que bem quiser... Com a nuvem azul, envolvi todo o teu quarto e assim você voltou a dormir, mas deixei uma passagem secreta para quando eu quiser voltar.
LEANDRO TAVARES - Baerdal
Cálice sem fim
Texto repleto de cores, sentimentos e poesia. Transportou-me.
ResponderExcluirAdorei, Baerdal.
Calou um pouco em mim seus poemas,
ResponderExcluirTo passeando por aqui,
e tbm vou te seguir.
;)
Olá..
ResponderExcluirFico feliz por você ter gostado do meu cantinho, fique sempre a vontade pra passear quando quiseres.. Tbém irei te seguir :)
Te Beijo,
Cê
Obrigado Renata, uma descrição de um desejo que não sai do meu peito.
ResponderExcluirabraços