... Porque, como diria Quincas Berro d'Água, “ouvido de morto não é pinico”, mas “poesia ruim é melhor que nenhuma.”...
quinta-feira, 15 de março de 2012
Um olhar invólucros de flores
O meu olhar livre do seu carma
O meu olhar franco pra tua dor
O meu olhar riso da tua farsa
Não faria sentido seu olhar ficar com o meu
O meu olhar vivo, aresta de amor
O meu olhar não avista mais a tua estrada
Vou aflito ziguezagueando
Na madrugada de Guine Bissau
Alienado o sódio desce
Abrem poços de uma chuva rasa
Um raio que clareia a minha vista
Agora sim, enxerguei a minha cruz
Você olhou, e não enxergou a minha cor
Que de uma penumbra finalmente destoou
O meu olhar aresta de flores em amor
Vi o reflexo da tua alma
O seu olhar era ateu.
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim
quinta-feira, 8 de março de 2012
Rimando a sorte
Perco todos os sentidos
Por uma dama
Com seus lindos véus
Que me arrebatam ao chão
Em pequenos botões sobre a cama
Que a hora para em drama
O laroz que nunca cresce
Logo perde a essência
Mas à tarde nunca perece
Vou rimar a sorte
Numa verve de espécie
Onde a noite nunca carece
Mulher vai exalar dor dura
La onde o vento faz a curva
Longe esquece a tristeza
E traz consigo a beleza!
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim
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