
O meu olhar livre do seu carma
O meu olhar franco pra tua dor
O meu olhar riso da tua farsa
Não faria sentido seu olhar ficar com o meu
O meu olhar vivo, aresta de amor
O meu olhar não avista mais a tua estrada
Vou aflito ziguezagueando
Na madrugada de Guine Bissau
Alienado o sódio desce
Abrem poços de uma chuva rasa
Um raio que clareia a minha vista
Agora sim, enxerguei a minha cruz
Você olhou, e não enxergou a minha cor
Que de uma penumbra finalmente destoou
O meu olhar aresta de flores em amor
Vi o reflexo da tua alma
O seu olhar era ateu.
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim