Amanheci com o cantar de pardais na minha velha janela estilhaçada, como se eles falassem: acorda moço, o dia está belo, ira perder tanto tempo assim?
Sorri, abri os olhos serenamente e fui tomar um banho, imaginando um lago com uma enorme queda d’água, despertando minha alma um pouco adormecida.
Fui à mesa, e lá estava um belo café da manhã, suco de laranja, bolos, pães e salgados, mas não fiquei tão entusiasmado, pois amanheci com o apetite da alma, então fui eu espalhar passos lentos como o passar dos tempos, passei por um vasto campo, cheio de flores, cores e perfumes ao ar, pássaros cantarolando suas mais belas melodias, os beija-flores e suas cores exuberantes, com vôos ternos as borboletas a pousar nas margaridas, estava estarrecido com tamanha beleza que teimava em não ver, mas o que mais me impressionou não foram às margaridas, os beija-flores ou as belas borboletas, vi uma flor, sem cor, nome, nem perfume, parecia que não queria sequer um jardim, precisava de carinho, carecia de toda paciência possível, pois nem mesmo as borboletas e os beija-flores ficavam próximo dela, sentia-se isolada de tudo e de todos, aproximei e com afeto despertei o que lhe faltava, a atenção de um silêncio diurno.
Passei por esse campo em uma tarde de domingo, e caíam gotículas de água em meu peito, e os carregavam de pressentimentos, senti uma sensibilidade de alguém que perde a visão aos 12 anos, e que anda suavemente para não quebrar sequer um graveto, evitando assim, algazarras para não descompassar o silêncio do campo.
Senti que aquele formoso campo algo de especial existia, pois mesmo ao silêncio da tarde de domingo ele cantava as mais gentis melodias, com os passos carregados de brandura, vou estendendo os braços e docemente passo minhas mãos transportadas de sensibilidade nas mais diversas flores e nas rosas para sentir suas pétalas, e sem qualquer medo de espinhos... Assim repousam em minhas mãos os beija-flores e alimentam-se do néctar deixados pelas flores e partem em direção da flor e alimentam-se, resgatando o sorriso de outrora dor.
Olho mais uma vez para o campo, vejo a flor cheia de cores, cheia de nomes e perfumes, vou embora sem pressa com o dever cumprido, vou com a sensibilidade de uma criança cega sentindo um arco-íris em um dia de domingo.
LEANDRO TAVARES - BAERDAL
Cálice sem fim
você me encanta!
ResponderExcluirlinda a poesia
Quando o texto nos leva ao lugar que o poeta descreve é porque o texto é bom. Fui lá...
ResponderExcluirBeijo
Denise
Só vislumbra um arco-íris, quem já foi iluminado e colorido por ele.
ResponderExcluirNas palavras e no arco-íris,cada qual descobre o que deseja ver!
um beijo a esta 'criança'
que vislumbrou um arco-íris.
Eu precisa vim aqui e agradecer a sua visita, porque não é todo dia, toda hora, todo instante que alguém se disponibilizar a levar um pouco da atenção e do carinho – E você fez isso, e eu sou daquelas fieis aos meus também rsrsrs obrigada mesmo, o seu blog sempre vai ser um ponto de descanso para minha mente, poderei demorar mais não irei esquecer.
ResponderExcluirBeijos,
@Lisandralavigne
P.S - Me apaixonei pelo jeito que escreve =D PARABENS
Latente sensibilidade de um menino com alma de poeta
ResponderExcluirQue acolhe a flor e liberta seu aroma
Busca o pote de ouro escondido no fim do arco-íris só pra espalhar por aí seu tesouro
No campo, dia de domingo
O tempo seu amigo fiel e companheiro
ajardina flores e pássaros
cantarolando no orvalho da vida!
Bela semana menino moço poeta jardineiro!
tem um selinho no meu blog para vc beijos
ResponderExcluirOoi , retribuindo visitaaa!!!
ResponderExcluirNossa, que lindo seu blog, visitarei sempre q eu puder!
Beeijos
Ah! Ja to seguiiindo!
xD
Baerdal,
ResponderExcluirtem um selinho pra ti lá em casa junto com um desafio, quando puderes passa lá pra resgatar...
Abraços da Mari
Andressa é o que tu senti, tua sensibilidade é que é vasta.
ResponderExcluirAbraços
Denise, o que sentiu ao chegar no local?
ResponderExcluirespero que o seu coração possa ter batido de uma forma harmoniosa e o teu sorriso cheio de cores.
Abraços
It, e que você possa ver sempre os melhores "potes de ouros" e que seja sempre uma "criança" com olhos de criança e alma de criança.
ResponderExcluirAbraços de Baerdal
Lisandra o cálice estará sempre aqui, a esperando para que possa sempre dele beber.
ResponderExcluirAbraços
Mari que sempre possamos cantarolar o orvalho da vida.
ResponderExcluirUm imenso abraço cheio de flores poéticas para você.
Josi, aqui o cálice sempre estará.
ResponderExcluirque possa sempre beber dele.