Faço a reza e vou dormir sem pressa.
Dia e noite fico só
O corpo sem coito espreita
Alço do carente leito
Sem alarde rastejo
Saio em plena madrugada
À perseguição de devaneios
Peço bênção a Santo Antonio
Para encontrar uma amada.
Chego numa velha esquina
Umas cadeiras pra sentar
Um nome sugestivo
De um recanto popular
Deparo com faíscas de batom
Aprochego sem moléstia
Peço uma dose pra pensar
Infinitas revoadas e uma perna a cruzar
Mui querido companheiro
Traga a conta, por favor,
Vou sucumbindo à ladeira
De mãos atadas com o amor.
Agradeço a Santo Antonio
Ao padim ciço vou orar
Já não mais agüentava ficar com o dito popularLeandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim
Lindo versar com Santinho em seu orar...
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