quarta-feira, 10 de julho de 2013

Dos contos Arthurianos


E tu cruzas o ar que rompe o silêncio
Corre tão engraçado
Como quem corre atrás do céu,
Como quem sonha com mel.
Teus braços ziguezagueando a brisa
Como um cisne que raja a água
As pernas em acanhadas rimas
tão soltas, tão bambas...
Teu ar natural carregado de um sorriso fácil
Espargindo hidratantes para a face
Vai bombinha,
Meu pequeno terrorista
Solta o molotov da alegria.
Olha...
Paraquedas de cores vivas
Faz dos teus saltos,
Dos rodopios
O sorriso da sala.
Faz dos teus gritos
A harmonia do dia.
Vai, espirra...
Pede saúde com tua energia
Faz do teu “rei”
Da tua “rainha”
Do teu “pequeno príncipe”
Os bobos dos teus dias...

Leandro Tavares – Baerdal
Cálice sem fim 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

À luz de vela


Na partida de outrora
Sai por um corredor vazio
Ouvindo uivos da matilha
Acabei trancafiado na esquina

Não quero que ninguém
Incrimine meu sorriso
De tanto amor que caiu na lama
Das coisas que eu fiz
A chama sem o drama, sem o medo da cruz

Mas a hora está chegando
Já estou caindo fora
De tanto peso
Que Cristo carregou
Da espontânea vontade de quem ama.

Mas se forem lavar as mãos
Que lavem no Bonfim agora
De tão suja crucificar
Não vá ficar à luz de vela


Leandro Tavares – Baerdal

Cálice sem fim

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...