quarta-feira, 3 de julho de 2013

À luz de vela


Na partida de outrora
Sai por um corredor vazio
Ouvindo uivos da matilha
Acabei trancafiado na esquina

Não quero que ninguém
Incrimine meu sorriso
De tanto amor que caiu na lama
Das coisas que eu fiz
A chama sem o drama, sem o medo da cruz

Mas a hora está chegando
Já estou caindo fora
De tanto peso
Que Cristo carregou
Da espontânea vontade de quem ama.

Mas se forem lavar as mãos
Que lavem no Bonfim agora
De tão suja crucificar
Não vá ficar à luz de vela


Leandro Tavares – Baerdal

Cálice sem fim

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