Espanto no canto do branco
Aos encantos de prantos me console
Não fosse a hora de tantos
No entanto vou embora
Pois de santo sou manco
Não me confronto com o eu afora
Estou na sala dos desencantos
É verve, ainda aflora
Dou rasteira sem corda pra parar sem hora
Pra errar, me manco sou eixo sem roda
E se uma hora for canto
Me mando, vambora
Ta chegando aurora
Dia de resmungar
Vou chegar sem demora, se manca desengana
No entanto sou branco
E branco no preto
Me espanto, mas distraio com o raio do sábio
É só espanto
Não sou santo
Sou preto no branco.
LEANDRO TAVARES - Baerdal
Cálice sem fim
"Não me confronto com o eu afora"
ResponderExcluirEu nem me arrisco, preto no branco, sempre sou.
Beijo!
E posso saber o motivo de não arriscar? rs
ResponderExcluirUm grande abraço de Baerdal
Espanto, surpresa repentina
ResponderExcluirCanto, lugar determinado
Branco, falta de cor ou todas misturadas
Encanto, estado de magia
Tanto, subestima quantidade
Entanto, passada rasteira na frase
Santo, humm pureza sem maldade
Manco, andar em desigualdade
Desencanto, dor na realidade
Canto, voz da saudade
Mando, fuga da interioridade...
Espanto, encoberto o sentimento em sagrado manto
É preto no branco...
Palavras tuas retidas no branco!
Mariane, Saltitando palavras ao vento em paginas em branco.
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