Não contive o tempo
As palavras borbulhavam, queriam gritar a poesia inacabada
Tentei ausente da escrita ficar, não contive esse infinito de mim
É que eu queria saber quem se encontrava do outro lado
Quem ateve a ler a poesia de um poeta abandonado.
Nesses dias ausentes
Saber se rir ou se faz de mim um farto lago.
Voltarei sem pressa, pois muito tenho a escrever
Dos quilômetros que separam minha saudade.
Saber simplesmente quem se encontra do outro lado.
Espero não ter ficado pelo menos da poesia desamparado.
LEANDRO TAVARES - Baerdal
Cálice sem fim
Um poeta jamais estará solitário,
ResponderExcluirNa solidão as palavras lhe acalentam
E os sentimentos tomam forma em letras dispostas
O timbrar do papel sonoriza a melodia
Que traz dia a dia,
Com o passar do tempo.
E o tempo... é atemporal por natureza
Faz-se dele um companheiro,
Porque do contrário, seria difícil suportá-lo
Abandonado estaria, caro poeta,
Se a ti mesmo deixar as letras amarradas
O significado das palavras que inscreve
para ti, devem preencher-te
A nós que te lemos, as reinventamos segundo o nosso viver.
Então se lemos ou não,
O que mais importa
é o poeta não sentir-se abandonado
e sim, abonado das letras que lhe fazem sentir!
Obrigado Mariane, é sempre bom sentir teus versos.
ResponderExcluirSão versos não menino,
ResponderExcluirSão palavras saltitantes que fogem antes que eu as consiga amarrar.
Elas me escapam, assim que a leitura de um texto as incita, são impulsivas...
Por vezes pago caro com a rebeldia destas minhas palavras indomáveis, mas fazer o que. Elas são assim, as Palavras se fazem em Mim
E vivo, seguindo minha vida... ou talvez, seguindo a palavras que ladrilham o meu caminhar...
(perdoe-me, novamente divagando nestas letrinhas que teimam tornar-se palavras...)