segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A esperança de um poeta não ser abandonado


Não contive o tempo

As palavras borbulhavam, queriam gritar a poesia inacabada

Tentei ausente da escrita ficar, não contive esse infinito de mim

É que eu queria saber quem se encontrava do outro lado

Quem ateve a ler a poesia de um poeta abandonado.

Nesses dias ausentes

Saber se rir ou se faz de mim um farto lago.

Voltarei sem pressa, pois muito tenho a escrever

Dos quilômetros que separam minha saudade.

Saber simplesmente quem se encontra do outro lado.

Espero não ter ficado pelo menos da poesia desamparado.


LEANDRO TAVARES - Baerdal

Cálice sem fim

3 comentários:

  1. Um poeta jamais estará solitário,
    Na solidão as palavras lhe acalentam
    E os sentimentos tomam forma em letras dispostas
    O timbrar do papel sonoriza a melodia
    Que traz dia a dia,
    Com o passar do tempo.

    E o tempo... é atemporal por natureza
    Faz-se dele um companheiro,
    Porque do contrário, seria difícil suportá-lo
    Abandonado estaria, caro poeta,
    Se a ti mesmo deixar as letras amarradas
    O significado das palavras que inscreve
    para ti, devem preencher-te
    A nós que te lemos, as reinventamos segundo o nosso viver.
    Então se lemos ou não,
    O que mais importa
    é o poeta não sentir-se abandonado
    e sim, abonado das letras que lhe fazem sentir!

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  2. Obrigado Mariane, é sempre bom sentir teus versos.

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  3. São versos não menino,
    São palavras saltitantes que fogem antes que eu as consiga amarrar.
    Elas me escapam, assim que a leitura de um texto as incita, são impulsivas...

    Por vezes pago caro com a rebeldia destas minhas palavras indomáveis, mas fazer o que. Elas são assim, as Palavras se fazem em Mim
    E vivo, seguindo minha vida... ou talvez, seguindo a palavras que ladrilham o meu caminhar...
    (perdoe-me, novamente divagando nestas letrinhas que teimam tornar-se palavras...)

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