Dentro das imperfeições humanas, do anacronismo popular, de uma torpe coletividade disfarçada por chuvas de abraços e beijos fingidos, que jogam presentes amores em ruínas de terrores, os sonhos que nos relembram o cheiro bom da saudade de pesado pérfido ficaram. Sempre tenho em mente ter pessoas queridas ao meu lado, não vejo sementes, nos decepcionamos talvez por querer medir o que sentimos por essas pessoas, pelos sentimentos delas em relação a nós, ERRO.
Imaginemos pontos peculiares ao nosso dia a dia, a última cerveja, o último cigarro da mesa, os últimos míseros centavos, não escondam, compartilhem a mesa a franqueza.
Não quero ser o último, nem o primeiro a ser lembrado, não desejo ser apenas uma folha em branco onde o poeta não se alimenta, e por mérito do tempo a folha envelhecida se desmancha, sou apenas a ovelha desgarrada do rebanho do pastor, que a lobrigar está a esperar, por que não pulsar a felicidade do amigo? Somos ou simplesmente tentamos ser pássaros livres que voam ao caminho do amanha, pássaros que fogem do inverno em busca do verão.
Ao passado, tépidos beijos e abraços, aos amigos, torçam, vibrem, fiquem felizes por ver o sorriso de quem tanto chorou em paz.
Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim