terça-feira, 3 de maio de 2011

Andarilho de mim


Trilho a minha via da forma mais sincera possível, hoje me vem uma duvida no peito, quem de fato sou? Uma poesia? Uma melodia ecumênica? Ou um navio naufragado formando lindos corais? Não chego a uma resposta que possa tirar essa duvida, quem me conhece sabe que não escondo as minhas afeições, amor, angústias, dores do dia-a-dia, principalmente as pessoas que estão à minha volta poucas por sinal. Faço das palavras um silêncio desesperado, ecos de uma fibra latente. Ontem me veio uma frase talvez ate batida, que no silêncio esta a resposta que procura. Perdoe-me pela falta de uma invencível armada, não me é normal agir de forma previsível. Talvez eu quisesse ser muito mais do que sou e isso faz com que as pessoas percam a fé em mim, mas, na verdade, tudo o que eu quero ser é o que eu sinto, e esse sentir é latente como o vôo de um colibri, não irei gastar o meu tempo procurando respostas a uma centena de dúvidas, tudo o que eu vejo são pensamentos soltos e despedaçados ao chão e sou maior que tudo isso. Olho para o lado e procuro um ombro amigo, uma pessoa em quem eu confie e me sinta bem, e só vejo você. Tudo o que eu estou procurando é uma forma de tentar quebrar esse muro e que me torne essa invencível armada onde mesmo diante das maiores tempestades não abale essa proa a que tanto procura. Descartei da minha vida todas as pessoas que me bloqueavam. Pergunto-me: de quem é a culpa? Minha? Talvez eu tenha ido longe demais – não que eu queira voltar ou que eu me arrependa pelo contrário, percebi que nada é maior que o amor – Seria fácil se as pessoas fossem mais compreensivas e entendessem que o que eu sinto é muito mais forte do que as barreiras que elas impõem. Não há porque discutir um assunto que é indiscutível.
Meu coração é amor.
E contrariando Gabriel Garcia Marques:
Não quero deitar em uma cama de pedra, a morrer de amor.
Andarilho de mim eu sou.


Leandro Tavares - Baerdal
Cálice sem fim

Um comentário:

  1. Olá Leandro...
    Suas angústias são d um vivo colorido.
    Vermlehas, negras e carmins...
    Esse não saber qual o limite, é parte da angustia de todo ser humano...Quem errou? Essa é uma das respostas que só cabem ao infinito. Antes ser incosciente e entregue...e não viver? Melhor não...Beijos

    ResponderExcluir

Gangorra

Quando cerraste os dentes da partida, acalmei a dor da carne nua com compressas de icebergs, para tentar abrandar a saudade que achinca...